sexta-feira, 24 de abril de 2009

Corcéis de fogo e favo de mel



Corcéis de fogo
e favos de mel
procuro

louco

na correria da vida
moderna

nos sinais luminosos
das esquinas

esconder-me em
suas crinas

deste asfalto
fervente

que leva
tudo da gente

amor
preces
e risos na colméia
inebriam
os sonhos
que se tornam
embalos e canções
levando para
longe
o obscuro dia a dia
da labuta

sem alforria

ser pingente no
trem da alegria
eis aí
a questão

ônibus apinhados de gente
despejam
aos borbotões
estes sonhadores
trabalhadores
brincalhões

e...
lá vou eu
no meio
soprando uma
pena de pavão